segunda-feira, 21 de maio de 2012

10 Hackers que entraram para a história





Na era da informação, é comum a ocorrência de hackers. Alguns se tornaram lendas vivas, invadindo sites governamentais e sistemas de grandes empresas. Às vezes, o mais curioso são os motivos que eles alegam para as suas extravagantes atividades. Um exemplo: descobrir se um determinado governo estava escondendo informações sobre extraterrestres.
Em informática, hacker é um indivíduo que se dedica a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. São programadores habilidosos, mas nunca honestos. Muitos são jovens estudantes, desde o nível médio até a pós-graduação. Suas motivações são variadas, incluindo a simples curiosidade, necessidade profissional, vaidade, espírito competitivo, patriotismo, ativismo, ou mesmo crime. Hackers que usam seu conhecimento para fins imorais, ilegais ou prejudiciais são chamados crackers. Muitos hackers compartilham informações e colaboram em projetos comuns, incluindo congressos, ativismo e criação de softwares livres, constituindo uma comunidade com cultura, ideologia e motivações específicas. Outros trabalham para empresas, agências governamentais ou por conta própria. Os hackers foram responsáveis por muitas importantes inovações na computação. Também revelaram muitas fragilidades em sistemas de criptografia e segurança. Hacker (pronunciado “ráquer”) é uma palavra da língua inglesa e tem sido traduzida por “decifrador”. Confira, a seguir, uma lista de 10 hackers que entraram para a história da informática internacional:
KEVIN POULSEN, O “HANNIBAL DO CIBERCRIME”
Kevin Poulsen ganhou fama depois de invadir as linhas de telefone da rádio KIIS-FM, de Los Angeles, Califórnia (EUA), e por ser a 102ª pessoa que ligou para a emissora, razão pela qual ganhou um Porsche 994, entre outras recompensas menores. O FBI apelidou Poulsen de Hannibal do Crime Cibernético (*) e ele virou um fugitivo, sendo caçado por todo o país. Foi preso em 1991 e confessou sua participação em diversas fraudes, como lavagens de dinheiro e obstrução da justiça, entre outras acusações. Foi condenado a 4 anos e 3 meses de prisão. Desde então, começou a trabalhar como jornalista e hoje é editor sênior da revista Wired News, utilizando seus conhecimentos para redigir artigos espetaculares, como o que identificou e divulgou os nomes e as fotos de 744 pessoas que cometeram crimes sexuais.
(*) Hannibal é um filme norte-americano de suspense. O Dr. Hannibal Lecter, um canibal que há dez anos fugiu da prisão, vive sossegado e anda livremente pelas ruas. Mas uma agente do FBI, Clarice Starling, nunca se esqueceu da conversa que teve com Lecter antes que esse fugisse, tendo ficado aterrorizada por sua voz fria. 

ALBERT GONZALEZ, ESPECIALISTA EM CARTÕES
Gonzalez foi acusado de estar por trás do maior roubo de cartões de crédito da história. De 2005 a 2007, ele e seu grupo venderam mais de 170 milhões de números de cartões. Quando foi preso, as autoridades encontraram 1,6 milhões de dólares em dinheiro (aproximadamente 3 milhões de reais) em sacos plásticos enterrados no quintal da casa dos seus pais. Em 2010, Gonzalez foi sentenciado a 20 anos de prisão.


VLADIMIR LEVIN, O RUSSO
Do seu apartamento em São Petersburgo, na Rússia, Vladimir Levin conseguiu transferir 10 milhões de dólares (cerca de 19 milhões de reais) de clientes do Citibank para contas suas ao redor do mundo. Isso aconteceu em 1994. Durante seu julgamento nos Estados Unidos, em 1997, ele afirmou que essa foi sua primeira e única invasão bancária.




ROBERT TAPPAN MORRIS REGENEROU-SE
Em 1988, Morris jogou um worm na Internet que infectou um décimo do sistema global, destruindo 6.000 sistemas. Não demorou muito para a polícia rastreá-lo. Os danos foram estimados em 15 milhões de dólares (aproximadamente 28 milhões de reais). Ele foi um dos primeiros a ser julgado e condenado por fraude cibernética nos Estados Unidos. Suas penas foram prestar serviços comunitários e pagar uma multa. Hoje, Robert trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e é um dos funcionários mais capacitados e eficientes.

MICHAEL CALCE, CONHECIDO COMO “GAROTO MÁFIA”
Em 2000, Michael Calce lançou ataques contra empresas como Yahoo, Amazon, Dell, eBay e CNN. Ele raqueou o site do Yahoo quando ele ainda era a principal ferramenta de busca, fazendo com que a ferramenta ficasse fora de funcionamento por uma hora. Ele e seu grupo formavam o grupo ‘TNT’ e a corte juvenil de Montreal, Canadá, o sentenciou a oito meses sob custódia e ao uso restrito da Internet, entre outras medidas.
 

DAVID SMITH, O PAI DE MELISSA
David Smith foi o criador do e-mail vírus Melissa. Ele afirma que a intenção não era causar danos, mas apenas fazê-lo propagar-se, pois cada computador infectado enviava múltiplos e-mails infectados. O vírus estava escondido em um arquivo que continha senhas para 80 sites conhecidos de pornografia. O nome Melissa foi inspirado em uma dançarina que Smith conheceu durante uma viagem pela Flórida. Hoje existem mais de 60 mil desses vírus e-mail, mas Smith é o único que foi preso.


ADRIAN LAMO, “O HACKER SEM TETO”
Adrian Lamo utilizou confeitarias, bibliotecas e cafés como locais de onde raqueava. Daí vem seu apelido, “Sem Teto”. Invadiu portais bastante conhecidos como o The New York Times, Microsoft, Yahoo e MCI World Com. Em 2002, adicionou seu nome à base de dados interna de fontes de especialistas e conduziu pesquisas sobre assuntos de sigilo máximo do jornal The New York Times. Depois de dias se escondendo dos agentes federais, ele se rendeu. Recebeu uma multa de 65 mil dólares (aproximadamente 123 mil reais) e foi sentenciado à prisão domiciliar por seis meses. Em junho de 2010, Lamo expôs o nome de Bradley Manning às autoridades das forças armadas dos EUA, como responsável pelo vazamento do vídeo de um ataque aéreo em Bagdá. Hoje, ele trabalha honestamente como analista e doa parte seu tempo para algumas ONGs.

GEORGE HOTZ CONTRA A SONY
O nome de George Hotz está associado à invasão do PlayStation 3, da Sony. Enquanto lutava nos tribunais contra a Sony, o grupo “Anônimos” atacou a empresa como retaliação, o que se transformou na quebra de segurança mais cara de todos os tempos. Os hackers roubaram informações de 77 milhões de usuários, aproximadamente.


JONATHAN JAMES TERMINOU SUICIDANDO-SE
Esse garoto de 16 anos tornou-se o primeiro adolescente a ser preso por cibercrimes nos Estados Unidos. Ele ganhou notoriedade ao invadir vários sistemas, como os da NASA e do Pentágono. Coletou várias senhas de vários usuários, roubou um software no valor de 1,7 milhões de dólares (3,2 milhões de reais) e interceptou mais de 3 mil mensagens sigilosas. Em 2008, James suicidou-se e deixou uma carta onde afirmava estar se transformando em bode expiatório. “Eu não tenho fé no sistema judiciário. Talvez minhas ações e essa carta representem uma mensagem convincente ao público. De qualquer maneira, perdi o controle sobre a situação e essa é a única maneira de recuperá-lo”, escreveu.

GARY MCKINNON. O CAÇADOR DE E.Ts.
 Em 2002, quem trabalhava na administração do exército americano viu a seguinte mensagem na tela dos computadores: “Seu sistema de segurança é uma porcaria. Eu sou Solo. Vou continuar a invadir os níveis mais altos”. Solo – descobriu-se mais tarde – era um escocês que sofria da Síndrome de Asperger, a forma mais branda de autismo. A síndrome produz pessoas extremamente inteligentes, com uma compreensão excepcional de sistemas complexos. Gary foi acusado da maior invasão aos sistemas governamentais norteamericanos – Exército, Força Aérea, Marinha e NASA. Os motivos de Gary são interessantes. Ele disse que invadiu os sistemas porque estava em busca de informações sobre extraterrestres e OVNIs. Ele acreditava que o governo norte-americano estava escondendo informações em seus computadores.

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